Durante muito tempo eu, assim como muitos outros, acreditei que o setor público brasileiro fosse feito só, e somente só, por incompetentes. O profissionalismo, a capacidade criativa, a verdadeira força de trabalho estariam no setor privado. "Nossos empresários" seriam os únicos capazes de fazer esse pais encontrar um rumo.
Buenas, anos trabalhando em empresas privadas, de todos os tamanhos, vendo como algumas decisões são tomadas, como pessoas em cargos de mais alto nível tratam as de cargo mais abaixo, e agora trabalhando em uma empresa estatal, eu posso dizer: é tudo a mesma merda. A incompetência é geral.
As empresas gastam muito dinheiro em treinamento de "gerenciamento de equipes", "descobrindo de oportunidades", e todos os chavões das "modernas teorias de administração", para nada. Serve, apenas, para embelezar currículo.
Vejo, infelizmente, um crescimento absurdo da preguiça. Uma tendência de fazer de conta que não se sabe de nada, que não se sabe o que está acontecendo, de empurrar com a barriga mesmo, na esperança de que o problema se resolva sozinho. E é claro que isso não vai acontecer. Isto quando o chefe/gerente/prefeito/qualquer um, do alto da sua pilha de diplomas e conhecimento, não resolve o problema simplesmente gritando para os subalternos: resolvam! Não coordena, não orienta, não mostra um caminho!
O que este pais precisa é de gente que, efetivamente, trabalhe oito horas por dia, 5 dias por semana, tomando decisões, se responsabilizando. É como se diz no futebol, precisamos de um jogador que bata no peito e diga "joga pra mim que eu resolvo". Precisamos de pessoas que não fiquem se escondendo, que não procurem apenas as soluções fáceis.
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